Aposta o Ren Zhengfei por um mundo de colaboração e sucesso compartilhado

• A firma investirá mais de 100 mil milhões de dólares em inovação e desenvolvimento durante os próximos cinco anos.
• Confia em que a situação da CFO vai se resolver favoravelmente, mas evita fazer comentários porque o processo judicial ainda está em curso.

O Ren Zhengfei, fundador e CEO da Huawei, declarou que seguindo um enfoque de colaboração e sucesso compartilhado, a firma vai se centrar no futuro da estrutura da indústria, e nos próximos cinco anos investira mais de 100 mil lihoes de dólares em inovação e desenvolvimento.

Perante a mídia internacional convidada ao novo campus Xiliubeipo localizado em Dongguan, na parte sul da China, o Ren enfatizou em que a Huawei definitivamente não representa riscos de segurança, ciber-espionagem, ou a possibilidade de que as autoridades da China utilizem a tecnologia da Huawei para espiar aos clientes.

“Nunca faremos prejuízo a nação nenhuma, ou a ninguém. Nem a Huawe, nem eu pessoalmente, temos recebido alguma solicitude de governo nenhum para proporcionar informação errada”, afirmou o Ren.

Atualmente, a empresa mantem uma média de investimento de entre 15 e 20 mil milhões de dólares anuais em I+D, o qual a posiciona entre as 5 empresas a nível global com maior investimento nesse rubro. Em relação a 5G, assinou ao redor de 30 contratos comerciais e enviou 25.000 estações base de 5G e conta com 2.570 patentes 5G.

 “No futuro as pessoas farão uma comparação entre os países que escolheram a Huawei e os países que não. Enquanto que desenvolvamos produtos muito atrativos, haverá cliente que os comprem” acrescentou o criador da Huawei.

O Ren compartilhou que a Huawei é a única empresa no mundo capaz de integrar estações base 5G com a tecnologia das microondas mais avançadas, que não precisam de conexões de fibra, e que funcionam melhor em áreas rurais escassamente habitadas e representam uma solução mais convincente em termos económicos.

COLABORAÇÃO E SUCESSO COMPARTILHADO

A Huawei se sustenta em quatro valores fundamentais que globalmente dirigem a cultura de trabalho e aproximação a cada mercado no qual opera: centralização no cliente, dedicação que inspira, perseverança e colaboração para o sucesso compartilhado. É neste último no qual a empresa deve-se enfocar para lograr que os usuários, cliente e associados atinjam novas posições em cada um dos mercados.

“No nosso mundo de tecnologia, é a cada vez mais evidente que é impossível que uma empresa sozinha ou incluso um pais sozinho passa faze-lo tudo. Numa sociedade da informação, a interdependência é muito significativa. E são estas interdependências as que conseguem que a sociedade humana avance ainda mais rápido”, expressou o Ren. “A sociedade da informação que vamos ver será massiva. E qualquer oportunidade de mercado único, não pode se manter o se respaldar por uma única empresa. Pelo contrário, demanda o esforço em conjunto de milhares ou dezenas de milhares de empresas que trabalhem juntas”.

Nos últimos 30 anos, os produtos Huawei se utilizaram em mais de 170 países e regiões, atendendo a mais de 3 mil milhões de usuários em total com tecnologias abertas e sujeitas a padrões internacionais nas áreas de tecnologia da informação e telecomunicações.

Sobre o caso da sua filha Meng Wanzhou, o Ren respondeu que, por se encontrar no meio de um processo judicial, preferia não fazer comentários do tema, mas reconheceu ter saudades e agradeceu as pessoas involucradas e a proteção consular que o governo chino lhe deram como cidadã china.

Além do mais, indicou não encontrar relação nenhuma entre os casos dos cidadãos canadenses detidos na China e o da Meng Wanzhou, indicando que será necessário aguardar pela conclusão de cada um dos processos judiciais.

De maneira mais pessoal, o Ren reconheceu se sentir em dívida com seus filhos, devido a que suas obrigações professionais o levaram a se manter longe da família por grandes períodos de tempo.

“Uma vez conversei com todos eles, lhes perguntando se preferiam que tivéssemos mais tempo juntos como família. A alternativa que lhes dei foi que apostaria por uma plataforma que lhes permitisse crescer e se enfocar no seu desenvolvimento profissional”, compartilhou o criador da Huawei.

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