“Precisamos capacitar pessoas em cibersegurança desde a educação básica”, destaca diretor do MCTI durante evento de Inatel e Huawei
São Paulo, 7 de outubro de 2021. Nesta quinta-feira, a Huawei e o Inatel (Instituto Nacional de Telecomunicações) reuniram autoridades e especialistas para o Fórum Nacional de Cibersegurança, na sede do Instituto, em Santa Rita do Sapucaí (MG). Com transmissão ao vivo pelo YouTube, o evento promoveu um debate sobre os rumos da transformação digital do Brasil, a importância da segurança cibernética e o papel da academia e dos setores público e privado. Entre os principais pontos levantados pelos participantes, estavam: o investimento em pesquisa e desenvolvimento de equipamentos cada vez mais seguros; a orientação e a educação da população para navegar no ambiente digital; e a necessidade de criar mecanismos de identificação e prevenção de ciberataques.
Muito se fala sobre como a pandemia intensificou o processo de digitalização da economia brasileira e como a tecnologia móvel 5G será um catalizador desse processo. Porém, na mesma proporção em que a transformação digital avança, aumenta também a vulnerabilidade no ambiente online. Este foi o tom da abertura do evento. “Algumas das mudanças que experimentamos nesse momento de desafios se tornarão presentes em nossa forma de viver e em nossa sociedade”, afirmou o professor Carlos Nazareth Motta Marins, diretor do Inatel. Para Nazareth, a segurança do ambiente cibernético deve ser fruto de uma ação conjunta de todos os agentes envolvidos, desde os usuários até os técnicos que operam os sistemas.
“É com essa missão de estudar técnicas já empregadas, desenvolver novas soluções, testar produtos, capacitar profissionais do mercado e educar a população geral sobre o tema, que nasce o Centro de Segurança Cibernética do Inatel”, destacou diretor do Instituto. O centro foi inaugurado em março deste ano com o apoio da Huawei e de parcerias com instituições de ensino nacionais e internacionais. O espaço foi apresentado aos convidados, jornalistas e autoridades que acompanharam as atividades do Fórum.
Após Nazareth, Sun Baochegn, CEO da Huawei no Brasil, destacou a importância da segurança em todas as etapas de pesquisa e desenvolvimento das tecnologias da empresa. Em 2020, a Huawei investiu US$ 1 bilhão no desenvolvimento de soluções de segurança. “O Brasil é uma país importante que tem grandes avanços neste tema. De acordo com o mais recente índice global de segurança das Nações Unidas, o Brasil está em 18º lugar”, afirmou. Baocheng ainda destacou as ações da companhia em prol de transparência e cooperação global para a segurança cibernética. A empresa possui dois Centros Globais de Transparência, um na Bélgica e outro na China, e possui 2.963 patentes relacionadas a cibersegurança e proteção de dados. Em 2020, recebeu 60 certificados relacionados ao tema. No Brasil, lançou o T-Center em julho deste ano, localizado no Ecosystem Innovation Technology Center, na sede da Huawei em São Paulo.
Na sequência, discursaram o Secretário de Empreendedorismo e Inovação do MCTI, Paulo Alvim, que parabenizou a Huawei e o Inatel pela iniciativa do Fórum e pelo apoio ao Laboratório de Segurança Cibernética, destacando a importância do projeto para o Brasil. Também participaram da abertura Wander Wilson Chaves, prefeito de Santa Rita do Sapucaí, e Joacil Basilio Rael, diretor da ANPD - Autoridade Nacional de Proteção de Dados
A Relevância da Segurança Cibernética e Proteção de Dados para um Mundo em Transformação Digital
O segundo painel - “A Relevância da Segurança Cibernética e Proteção de Dados para um Mundo em Transformação Digital” - contou com a participação do Leonardo Euler, presidente da Anatel; Ildeu Borges, gerente de Regulação da Conexis; Thales Marçal Vieira Netto, diretor de Gestão e Tecnologia da Informação do CNPq; Milton Kaoru Kashiwakura, diretor de Projetos do NIC.br; José Sampaio Gustavo Gontijo, diretor do MCTI (Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovações); e Marcelo Motta, diretor de Soluções e Segurança Cibernética da Huawei para a América Latina.
Os participantes reforçaram o papel da cooperação entre as entidades para o desenvolvimento de um ambiente digital mais seguro. ”Segurança cibernética é um tema multidisciplinar importante para a soberania nacional”, disse o presidente da Anatel. Kashiwakura lembrou que segurança e proteção de dados vão além do desenvolvimento de tecnologia. “Também é preciso educar a população desde a base para as melhores práticas no ambiente digital”, afirmou durante o evento.
O diretor do MCTI citou algumas iniciativas do ministério em apoio à transformação digital e destacou a importância de se criar um time de Ethical Hacker, capaz de vigiar o ambiente digital e agir na prevenção de ataques cibernéticos. Os painelistas reforçaram a resiliência das redes de informação brasileiras e enfatizaram que os ciberataques não vão deixar de existir, por isso é necessário haver um compromisso entre todos os setores com ações de educação e capacitação desde o ensino básico, com o objetivo de oferecer um ambiente digital mais seguro.
Para fechar o painel, Marcelo Motta lembrou os ciberataques a empresas brasileiras ocorridos nas últimas semanas: “Esses ataques não vão cessar e a gente vem trabalhando para se defender por meio estratégias inteligentes”.
Sobre a Huawei
A Huawei é líder global em soluções de Tecnologia da Informação e Comunicação (TIC) e uma das 100 marcas mais valiosas do mundo de acordo com a Forbes. A companhia tem a visão de enriquecer a vida das pessoas por meio da comunicação e é dedicada à inovação centrada no cliente. Com sólidas parcerias com a indústria local, a Huawei está comprometida com a criação de valor para operadoras de telecomunicações, empresas e consumidores, oferecendo produtos e soluções de alta qualidade e inovação em mais de 170 países e territórios. Com mais de 190 mil funcionários em todo o mundo, a empresa atende mais de um terço da população mundial. Há 23 anos no Brasil, a Huawei é líder no mercado nacional de banda larga fixa e móvel por meio das parcerias estabelecidas com as principais operadoras de telecomunicações e possui escritórios nas cidades de São Paulo, Rio de Janeiro, Brasília, Curitiba e Recife, além de um centro de distribuição em Sorocaba (SP) e um Centro de Treinamento em São Paulo.
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Sobre o Inatel
O Inatel é um centro de ensino, pesquisa e desenvolvimento de tecnologias, criado em 1965, em Santa Rita do Sapucaí, sul de Minas Gerais, conhecida como o Vale da Eletrônica. Foi a primeira instituição de ensino superior de Engenharia de Telecomunicações do Brasil e, atualmente, oferece sete graduações em Engenharia, além de cursos de pós-graduação lato sensu, cursos a distância e Mestrado e Doutorado em Telecomunicações. Além de formar profissionais, o Inatel transfere tecnologia ao mercado nas áreas de desenvolvimento de software, hardware, consultoria e calibração de equipamentos. Possui parcerias com empresas de tecnologia nacionais e multinacionais e é unidade Embrapii, responsável por apoiar o desenvolvimento e a inovação no Brasil.
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